65 Ameaça Pré-Histórica – Vale a pena assistir?

65 Ameaça Pré-Histórica

Este filme ficou poucas semanas em cartaz nos cinemas e, ao ler as primeiras críticas, achei que ele não valeria a pena, mas será que não vale mesmo? Descubra neste artigo!

Críticas sobre o filme

Assim que tomei conhecimento da existência desse filme, pensei: “Deve ser um Jurrassic Park genérico”. Na época, o filme tinha acabado de entrar em cartaz nos cinemas e, como costumo fazer, fui ler algumas críticas para decidir se iria ou não assistí-lo. Li a crítica do Omelete e a de um colunista da UOL. Aliás, ambas muito parecidas, falavam que o filme pecava em um quesito fundamental ao título: quase não tinha dinossauros. Dessa forma, as críticas me induziram a achar que o filme não valeria a pena. Entretanto, o destino conspirou a favor dele. Criamos a série LudNuv Filmes Linha do Tempo, na qual, os filmes que retratam momentos históricos do planeta Terra são colocados em ordem cronológica. Assim, este filme entrou na série e, obviamente, tive que assistí-lo. Ao final, fiquei surpreso! Confira a crítica do filme a seguir.

 

65 Ameaça Pré-Histórica – Sinopse

A sinopse do filme é bem direta e resumida: “Um acidente de nave espacial pousa na Terra pré-histórica, deixando apenas dois sobreviventes. Em breve, eles deverão sobreviver contra o terreno hostil e criaturas cruéis.”. Portanto, em primeiro lugar, vamos escrever uma sinopse mais completa.

Há muito tempo atrás, em uma galáxia distante (calma, é só o comecinho que é igual…), existia um planeta chamado Somaris. Lá, Mills (Adam Driver) era um piloto (combina com seu sobrenome!) de naves espaciais que aceita uma missão de 2 anos de duração com o objetivo de conseguir os recursos necessários para um tratamento médico para sua filha, Nevine (Chole Coleman). Durante essa viagem, um acidente especial acontece e a nave pousa no planeta Terra há exatos 65 milhões de anos, por isso o nome do filme (que, em inglês, é só 65). Inicialmente, Mills pensa ser o único sobrevivente do acidente, mas logo descobre que uma criança de 9 anos, Koa (Ariana Greenblatt), também sobreviveu. O objetivo de ambos é localizar e usar uma nave de fuga, perdida no acidente, para que eles possam retornar. Contudo, eles não estão sozinhos no planeta Terra.

Dito isso, vamos à análise do filme.

 

Contexto do filme na série LudNuv Filmes Linha do Tempo

Algo relevante a ser dito para quem acompanha nossa série Linha do Tempo é que este filme quase não se enquadradou nos critérios dela. Isso porque, apesar do filme retratar a Terra em seu período pré-histórico, na idade dos Dinossauros, ela conta com fortes elementos de ficção: seres similares aos humanos habitavam um planeta distante e contavam com tecnologia avançada para viajar entre planetas.

Assim, quando a nave deles cai na Terra, dois elementos não reais acontecem: seres humanos na Terra Pré-Histórica e armas de tecnologia avançada com eles. Naturalmente, por um lado, isso viola o critério de retratar a realidade da época. Por outro lado, claramente eles são instrusos ali, obra do acaso, e só estão ali por cauxa da ficção criada, porém, todo o restante, é retratado de forma compatível com o que sabemos da história da Terra. Existe um claro esforço em deixar o planeta o mais verossímil possível para o período do filme.

65 Ameaça Pré-Histórica – Crítica do filme

A premissa do filme é interessante. No planeta Somaris existem seres vivos similares aos homo sapiens, embora este momento do universo (em que o filme se encontra) aconteceu bem antes no início da humanidade no planeta Terra. Parece algo factível pensar que, em diferentes galáxias, com formas distintas de avanço cronológico, temos diferentes civilizações em estágios distintos de tecnologia.

O filme se passa exatamente no dia em que o grande asteroide atingiu a Terra e decretou a morte de quase todos os seres vivos do planeta, incluindo os dinossauros. Não lembro de outro filme que retrare este momento, ainda mais da forma como este consegue mostrar. Além disso, diferentemente do que li nas críticas, o filme mostra bastantes dinossauros. É claro que as partes em que eles mais aparecem são deixadas para o clímax do filme, mas isso não tira os diversos minutos em que eles são recriados por computação gráfica. Assim, discordo das duas críticas que li. Aliás, esse tipo de crítica foi um grande motivo para criarmos a nuvem LudNuv filmes. Você lê a crítioca e depois assiste ao filme e simplesmente as informação não batem. Ainda mais com as duas críticas muito parecidas. Fica a pergunta: será que os críticos de fato assistiram ao filme?

A computação gráfica é bem feita, como na criação dos dinossauros, bem como em outros elementos do filme (nave espacial, tiros, bombos e meteoros). Os efeitos sonoros e a trilha sonora também merecem destaques positivos.

A relação entre a dupla de sobreviventes ao longo do filme também é mais um ponto positivo. Sem falarem o mesma idioma, eles vão construindo uma relação cooperativa que se mostra decisiva para diversos momentos tensos e, em segundo plano, representam as perdas que cada parte teve. É claro que não é um filmaço, imperdível, ou mesmo uma super produção, mas, para mim, representou um entretenimento relevante.

Dessa forma, respondendo a pergunta do título deste artigo: vale a pena assistir? Sim, vale.

 

65 Ameaça Pré-Histórica – Notas dos questios

Entretenimento: o filme mantém uma atmosfera tensa e angustiante praticamente em toda sua rápida duração (aprox. 1 hora e meia). Além disso, conta com muitas cenas de ação, bem executadas, além de outras cheias de aventura e drama. Em uma perspectiva mais crítica, dá até para falar que o filme é sombrio, sem espaço para gracinhas ou cenas de dar risada (identiquei, no máximo, apenas duas). As atuações dos protagonistas são bem convincentes. Dessa forma, o filme é envolvente e faz o expectador ficar entretido, tornando esse quesito bem atingido. Nota 7/10.

Inteligência: o roteiro não deixa muito espaço para cenas ou atos inteligentes, mesmo assim, elas ainda acontecem. A missão dos protagonistas é localizar a nave de fuga e escaparem e, para isso, precisam sobreviver ao planeta inóspito e cheio de criatura perigosas. A forma como a dupla encara as adversidades, hora com ajuda dos artefatos tecnológicos, ora somente com o que existe ao alcance (ossos, galhos, características do terreno etc), dá alguns pontos ao filme neste quesito: 4/10.

Previsibilidade: se pensarmos na fórmula “Hollywoodiana”, em que vamos assistir ao filme já imaginando que os sobreviventes vão correr muitos riscos e sairão vivos ao final, o filme pode ser considerado previsível. Contudo, como existem fortes elementos de drama no filme (sem spoilers sobre isso), não dá para falar que o filme que segue o roteiro em que tudo termina bem, com todos alegres e felizes. Há claros elementos e cenas que tiram parte da previsibilidade do filme, sendo perfeitamente possível que a missão deles falhe parcialmente em algum momento. Algumas reviravoltas também ajudam na composição desta nota: 5/10.

Áudio-visual: lindas fotografias, computação gráfica muito bem feita e trilha sonora envolvente e muito apropriada para os momentos de suspense, além de efeitos sonoros caprichados. Nota 7/10.

Nota final: 5.75.

 

Ficha Técnica

Título: 65 Ameaça Pré-Histórica, de 2023.

Título original: 65

Duração: 1h33

Gêneros: Ficção Científica e Ação

Dirigido por: Scott Beck, Bryan Woods

Elenco: Adam Driver (Mills), Koa (Ariana Greenblatt) e Chloe Coleman (Nevine).

Custo / Faturamento: U$ 40 milhões / U$ 61 milhões

 

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