Se você gosta da franquia Missão Impossível, porém mal se lembra dos primeiros filmes, este artigo é para você! Confira o resumo e a crítica do filme Missão Impossível 1, de 1996.
Contexto
A década de 90 foi recheada de ótimos filmes de ação que se tornaram referência e abriram caminho para diversas continuações e remakes. É o caso do filme Missão Impossível 1, de 1996, estrelado por Tom Cruise. De lá para cá, a franquia recebeu diversas continuações e está atualmente na oitava produção (Acerto de Contas, parte 2, com lançamento previsto para 2025).
O filme foi um sucesso de bilheteria, faturou mais de 400 milhões de dólares e ficou muito famoso, mas acredito que pouca gente sabe que ele é baseado na série de mesmo nome que rodou de 1966 a 1973 na TV americana CBS com formato muito parecido.
Enredo
Tom Cruise, no papel de Ethan Hunt, é um agente espião que trabalha para uma organização governamental secreta (IMF, de Impossible Mission Force). Durante uma missão, ele sofre uma emboscada e se torna suspeito de ser um informante. Para provar sua inocência, ele buscará o verdadeiro culpado.
Este filme introduz pelo menos três marcas registradas da franquia: o uso de máscaras realistas para se passar por outra pessoa, a mensagem que se auto destrói e a trilha sonora memorável e inconfundível.
Outra fama que a franquia adquiriu ao longo dos anos, com razão, é o que conhemos como “filmes mentirosos”. Sabe aquela cena de ação que fica impossível pensar que aconteceria na realidade e soltamos o famoso “que mentira!”. Este filme é cheio delas.
Elenco
Com Tom Cruise no papel de Ethan Hunt, o filme conta com Emmanule Béart (Claire Phelps) e Jon Voight (Jim Phelps), seu marido na trama, além de Ving Rhames (Luther) que acompanha Tom Cruise em várias continuações da franquia. Complementando o elenco que mais aparece no filme, temos uma participação importante da Vanessa Redgrave no papel de Max, Jean Reno como Franz Krieger e Henry Czeny como o agente Eugene Kittridge.
Resumo
A partir deste ponto, se você não gosta de spoilers, interrompa sua leitura. O objetivo é resumir o filme para quem quer apenas relembrá-lo.
Introdução
Missão Impossível 1 começa no desfecho de uma missão em curso em Kiev, em que a equipe de agentes e espiões está disfarçada para oter informações de um homem. No final desta cena, com o trabalho em equipe, conceito muito utilizado na franquia, Ethan Hunt consegue extrair o nome que o time procurava com uma famosa marca registrada: máscaras realistas para se parecer com outras pessoas.
Em seguida, vemos o chefe da operação, Jim Phelps (interpretado por John Volter), que atua como o gerente da equipe (enquanto Ethan é o líder em campo), receber uma mensagem auto-destrutível em uma avião, sendo esta outra marca registrada da franquia.
Estas mensagens que se auto-destrõem sempre contêm um briefing, ou seja, um resumo da missão. Nela, a equipe de Jim precisará fotografar um homem chamado Alexander Golintsyn na embaixada americana em Praga roubando dados, segui-lo até o comprador e prender ambos . Estes dados contêm uma lista (chamada de NOC) de agentes da CIA que trabalham sob disfarce no Leste Europeu, ou seja, se eles caissem em mãos errados, os agentes estariam expostos.
Ao todo, a equipe é formada por 6 personagens:
- Jim Phelps (equivalente ao gerente da equipe)
- Ethan Hunt (líder da equipe em campo)
- Sara Davies (espiã)
- Jack Harmon (o nerd tecnológico da equipe)
- Hanna Williams (especialista em vigilância)
- Claire Phelps (mulher de Jim e responsável pelo transporte)
Emboscada
O chefe da operação é Jim (John Volter), que monitora tudo a partir do computador em um local seguro, enquanto Ethan é o líder em campo.
Tudo parece correr tranquilamente dentro do plano, até que as coisas começam a dar errado. Primeiro, o nerd da tecnologia morre na torre do elevador, teoricamente porque ele perdeu o controle do elevador (ou alguém o sabotou) e chocou-se contra o teto. Depois, o carro de Hana explode, ao passo que Jim é alvejado e cai de uma ponte. Por fim, Sara também morre, esfaqueada. Ethan então, se vendo sozinho, liga para o chefe do escritório, Kittridge. Eles marcam um encontro em um restaurante próximo dali. É lá que temos a famosa fala de Hunt: “You have never see me very upset” na cena em que, usando um ciclete bomba, ele explode um aquário e foge para iniciar sua jornada de provar sua inocência.
Hunt descobre que a operação, na verdade, era fake, uma missão de isca para encontrar quem era o agente duplo, o informante. Contudo, isso custou a vida de vários membros da sua equipe e ainda o tornou o principal suspeito.
Max
Ethan então volta para a casa segura, ponto que eles receberão o briefing de Jim, e passa a noite pensando no que fazer. De madrugada, Claire, outra sobrevivente, chega no local e gera muitas desconfianças em Ethan, mas eles decidem trabalharem juntos para encontrar o verdadeiro agente duplo. Usando o computador, Hunt se passa por Jô, suposto vendedor (o informante) da lista NOC (que possui os nomes dos agentes da CIA que trabalham no Leste Europeu), consegue se comunicar com Max, o comprador . Eles marcam um encontro e Ethan vai sozinho, se arriscando. No encontro, Max percebe que Ethan não é Jô e ouve dele que a missão era fake, logo, os dados que ela recebeu são fakes também. Max então decide aceitar a oferta de Tom Cruise: 10 milhões pela lista NOC verdadeira.
A missão impossível do Missão Impossível 1
Contudo, para realizar o acordo com Max, Ethan terá que roubar a lista NOC verdadeira que está muito bem guardada em uma base da CIA em Langley, sendo esta a missão impossível do filme. Com a ajuda de Claire, Luther e Krieger, seguindo um plano ousado que deu origem a capa do filme Missão Impossível 1, no qual Ethan acessa o computador pendurados por cabos presos no duto de ventilação, eles conseguem.
Desfecho
Com a lista em mãos, Ethan marca um novo encontro com Max, em um TGV de Londres a Paris, com a promessa que ela entregaria Jô, o informante, além de 10 milhões. Ethan também informa Kittridge do seu plano. Dessa forma, esta parte contém as cenas mais eletrizantes do filme, com uma perseguição de helicóptero ao trem e reviravoltas dentro dele. No fim, Jim era o agente duplo, o Jô que venderia a lista para Max, ajudado por Claire, sua esposa, e por Krieger. Kittridge descobre a verdade e Ethan é inocentado.
Mentiras
Como já destaquei anteriormente, o filme é daqueles muito mentirosos, e talvez isso tenha ajudado bastante no alcance de sua fama. Com uma perseguição de helicóptero dentro de um túnel pra lá de duvidosa, além de saltos e manobra sobre um trem em grande velocidade, fica claro que o filme não preza por contruir uma atmosfera realista e traz elementos de ficção no sentido que as cenas de ação jamais aconteceria na vida real.
Trama de Missão Impossível 1
A trama é interessante, principalmente considerando seu ano de lançamento: 1996.
Contudo, em uma visão mais crítica, o enredo possui algumas falhas. Aquelas cenas que só acontecem, de maneira forçada, para que o enredo do filme possa acontecer e avançar. Vamos dar alguns exemplos aqui para o leitor relembrar e concordar ou discordar.
É explicado logo no começo do filme que Ethan e Jim tinham uma relação próxima, como se Jim fosse o tutor, ou mesmo o coach, de Ethan. Contudo, assim que as coisas começam a dar errado e Jim dá a ordem de abortar a missão, Ethan, um agente secreto, espião super treinado, disciplinado, decide se revoltar e não seguir as ordens (?!).
O primeiro contato e papo com Max também é bem forçado. Usando um computador da IMF (?!), ele consegue marcar um encontro, ela vê que ele não é Jô, e tudo consegue ser facilmente contornado. Em uma situação similar da vida real, Ethan seria eliminado sumariamente.
Por fim, a descoberta de que Jim era o espião acontece de maneira precoce, revelando o culpado ao espectador antes da cena final do trem e, assim, tirando boa parte da surpresa.
Conclusões sobre Missão Impossível 1
Missão Impossível 1 foi um marco do cinema e abriu as portas para uma das franquias mais bem-sucedidas de todos os tempos. Com uma trilha sonora memorável e envolvente, gerou uma legião de fãs que fala com orgulho: “Eu assisti a todos!”.
É verdade que este filme, bem como qualquer continuação que ele recebeu, é bem mentiroso e abusa das cenas de ação pouco reais. Mesmo assim, este filme é um clássico e vale muito a pena assistí-lo novamente.
E você, gostou de relembrar deste filme? Conta pra gente aqui nos comentários.